Inclusão além das cotas: Quais as condições reais para incluir PCDs nas empresas

A lei de cotas para PCDs possui quase trinta anos, mas para uma real inclusão ainda há muito a ser feito. Afinal, o que é necessário para que uma pessoa com deficiência seja bem recebida no mercado de trabalho?
O Brasil continua se recuperando da crise econômica, e o mercado de trabalho ainda está se reestruturando. Para ter uma ideia, são 31 milhões de pessoas com deficiência, no que é chamado de idade produtiva, no entanto, só 418 mil estão empregadas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Existe uma cota por lei, porém ela corresponde a números baixos. Em uma empresa entre 100 e 200 funcionários, por exemplo, é obrigatório que apenas 2% sejam PCDs. Há multas para estabelecer que a lei seja aplicada, mas não deveria ser isso que faz a inclusão acontecer.

“Para melhorar esse cenário é necessário investir cada vez mais em qualificação de PCDs ao mercado de trabalho, trabalhos internos de sensibilização de equipe e gestão.” Comenta Alana Petry, publicitária, cadeirante e Mestra em Diversidade, Cultura e Inclusão Social. “É preciso uma conscientização que as pessoas com deficiência têm muito potencial e podem gerar lucro para empresa assim como qualquer outro funcionário. Desde que seja oferecido recursos para poder se desenvolver e trabalhar de forma autônoma”.

Além da Lei de Cotas (8213/91), o Estatuto da Pessoa com Deficiência vem facilitando esse processo nos últimos anos e algumas empresas se especializam na área para melhorar essa adaptação.

Como incluir PCDs na empresa?
Há mais de vinte anos, Ana Lucia de Mello trabalha como terapeuta ocupacional. Entre suas atividades, está o diagnóstico de um ambiente, principalmente em relação a barreiras atitudinais, barreiras de comunicação e barreiras arquitetônicas.

“Organizamos um programa de inclusão para a empresa receber essas pessoas. Isso engloba desde o primeiro momento em que ingressa, como receber as pessoas, como conduzir uma entrevista, como avaliar que vaga está pessoa pode trabalhar, além de adequar as vagas para elas”. Comenta a consultora de inclusão, Ana Lucia de Mello. “Quando uma pessoa com deficiência chega para trabalhar em uma empresa, normalmente existe essa ideia de que talvez não vão conseguir desenvolver todas as tarefas. Trabalhamos para mudar esse tipo de comportamento e comunicação”.

A Mitra, cooperativa que Ana faz parte, trabalha com mais de cem associações vinculadas a serviço social, terapia ocupacional, enfermagem e psicologia. A Mitra é parceira da Mover Acessibilidade, que juntas ensinam para as empresas como incluir a todos, tanto em comunicação quanto espaços físicos.

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