Dia Mundial do Braille: Cultura e Impacto

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O Braille foi criado em 1824, mas só 3% das pessoas com deficiência visual conhecem essa linguagem no Brasil

 

Louis Braille perdeu sua visão com três anos de idade, e com quinze anos desenvolveu uma linguagem que permitia a leitura para pessoas com deficiência visual. O código Braille foi criado para traduzir o alfabeto francês, e inclui noções musicais em sua escrita.

A origem do código surgiu, porque Napoleão Bonaparte queria uma possibilidade de comunicação entre soldados, sem precisar de luz. Mas o método original de Charles Barbier, com 12 pontos em relevo, que poderiam ser traduzidos em 36 diferentes era difícil para os militares reconhecerem apenas pelo toque.

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Foi então que em Paris, no ano de 1821, Barbier conheceu Louis Braille, durante uma visita ao Royal Institute for the Blind, ou Instituto Real dos Jovens Cegos. Braille foi quem identificou as maiores dificuldades naquele código e a melhor forma de solucioná-las, como o uso de seis pontos e um padrão para o alfabeto.

 

Braille no Brasil

 

No dia 04 de janeiro se comemora o Dia Mundial do Braille, criada para refletir sobre a educação e acessibilidade ao conhecimento desse código linguístico. A data também é instituída no Brasil, sendo celebrada em 08 de Abril o Dia Nacional do Braille.

A primeira escola brasileira para pessoas com deficiência visual foi fundada em 1854, no Rio de Janeiro. Inaugurada pelo então imperador D. Pedro II, que encontrou em José Álvares de Azevedo inspiração para o projeto. Azevedo estudou durante seis anos no Instituto Real dos Jovens Cegos, em Paris. Na época, a escola foi fundada pelo imperador com o nome de Instituto de Meninos Cegos, ela existe até hoje e é atualmente denominada Instituto Benjamin Constant.

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No Brasil, 3,6% da população têm algum tipo de deficiência visual, como cegueira ou baixa visão, segundo estimativa da Pesquisa Nacional de Saúde (PSA). Apesar de representarem 6,5 milhões de pessoas, apenas 3% delas utilizam esse código de linguagem. Por isso, as letras em relevo no alfabeto tradicional podem facilitar a leitura para pessoas com baixa visão, ou que perderam a habilidade de enxergar ao longo dos anos.

Ainda pouco popularizado, falta a implementação do Braille em ações rotineiras do dia a dia, como localização em prédios comerciais, preços em lojas e supermercados. Essa data existe para lembrar e implementar soluções na rotina de pessoas com deficiência visual, além de propagar o conhecimento e combater o preconceito.