Criado para promover a inclusão e incentivar a solidariedade, o Dia do Cego tem a função de lembrar as dificuldades de pessoas com deficiência visual e encontrar formas de melhorar seu dia a dia. Estima-se que 3,6% dos brasileiros tenham algum tipo de deficiência visual, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PSA).
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A deficiência visual pode ter várias causas, sendo classificada como cegueira ou baixa visão, de nascença ou resultado de doenças como catarata, glaucoma e retinopatia diabética. A baixa visão é a pouca capacidade de enxergar ou com a visão prejudicada, com uma percepção mínima de luz.
Apesar da existência do braille, apenas 3% das pessoas com deficiência visual compreendem a linguagem. Na hora de produzir livros, pelo alto volume de páginas e custo de produção, as editoras acabam limitando obras em braille. Segundo André Werkhausen, primeiro patrono cego de feira cultural no Brasil, o que falta é quebrar a barreira do “atitude now”, ou “atitude imediata”.
“Falam muito sobre como é difícil a produção, ou para que disponibilizar livros em brailles se só tem um ou dois cegos que vão usufruir deles?” Ressalta o escritor. “O que falta é quebrar essa barreira. Sempre comentam da dificuldade de adaptar locais, principalmente em relação ao trabalho, mas não é fácil para gente também.”
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André perdeu a visão em 2009, devido a uma doença autoimune, em 2018 ele lançou o livro “Ser André Werkhausen”. O livro conta a sua trajetória desde o início da perda de visão, aos anos em que reaprendeu seus outros sentidos.
Em 2019, André recebeu o convite da sua cidade natal, Nova Petrópolis, para ser o patrono da 24ª Feira do Livro, com o tema “Não há limites para quem lê”. O evento aconteceu em outubro desse ano.
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