Além de facilitar a vida de todos os usuários, o desenho universal traz a oportunidade para a empresa expandir seu público.
O conceito de “desenho universal” surgiu quando pessoas com deficiência se uniram a arquitetos, engenheiros, urbanistas e designers, na busca de democratização do uso dos espaços. Ou seja, na hora de construir e planejar um local, ele deveria ser pensado em todas as pessoas.
Atualmente, o desenho universal é aplicado a mais do que espaços físicos, mas também em produtos e serviços, como por exemplo, informações em braile, ergonomia em móveis, e até mesmo abridores de latas para canhotos. Como todas as questões em relação à acessibilidade, esse conceito observa pequenos detalhes que podem fazer a diferença na rotina de uma pessoa.
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A expressão “Universal Design” surgiu em 1985, através de Ron Mace, quem influenciou mudanças na forma em que os projetos são criados. Entre elas, os sete princípios do Desenho Universal.
7 Princípios do Desenho Universal
Equitativo: Quando um ambiente é construído ele é pensado em cada indivíduo que vai circular por ele, gestantes, idosos, pessoas com deficiência. Nele além da igualdade, é projetado que os espaços sejam acessíveis a todos, a influência da altura dos objetos e onde as informações estarão localizadas.
Flexível: Precisam ser adaptáveis ao usuário, desde objetos a construções, os locais têm possibilidade de fácil alteração e podem incrementar aperfeiçoamentos. Aqui também se encaixa nosso exemplo a cima sobre os abridores de latas, eles são feitos para destros, por serem a maioria da população, mas isso não significa que o número de canhotos não seja relevante.
Simples: O design precisa ser óbvio e intuitivo, quando você encarar o objeto, deve saber para o que ele serve instantaneamente. As sinalizações, por exemplo, necessitam de um reconhecimento rápido, como placas de banheiro, direcionamento e placas de avisos.
Conhecido: O acesso à informação é a chave do local. Para isso, ela deve ser exposta em diferentes idiomas, em casos de baixa visão, estarem escritas em braille além de usuários com dificuldade cognitiva, ou mesmo analfabetos.
Segurança: Erros podem ocorrer, e é necessário estar preparados para eles. Para caso alguém escorregue em uma escada, o desenho universal traz corrimãos, pisos antiderrapantes e mesmo equipamentos eletromecânicos.
Esforço mínimo: No desenho universal, as ferramentas são de fácil acesso, os elementos bem localizados, que minimizam ações repetitivas. Um exemplo são as luzes com sensor de presença, ou portas automáticas.
Abrangência: Tem o uso confortável para o usuário como foco, nele entra a ergonomia, com móveis pensados em obesos, gravidas, cadeirantes e idosos. São criados de forma que o tamanho do objeto não limite a movimentação da pessoa que usufrui dele.
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Leis e aplicações
A melhor fonte de informação segura sobre normas, é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (Abnt). Quando falamos em acessibilidade uma das aplicações frequentes é da NBR 9050, que garante que prédios, edificações, varejo e comércio tenham como base o desenho universal.
Além dessa norma, existem algumas mais especificas, como a NBR 14021, com critérios de acessibilidade em trens urbanos, a NBR 14273 com normas de transporte aéreo, e a NBR 15290, focada em comunicação televisiva.
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Autor:
Julio Ortolan